
1. Tripé é bão… mas não precisa ser grandão
Fotos noturnas normalmente exigem tempos longos de exposição. Embora um tripé seja bastante indicado, eu sei muito bem como tripés são chatos. Eles são grandes e pesados, ocupam espaço e muitas vezes não podem ser levados como bagagem de cabine em viagens de avião. Um tripé grande é muito importante em fotos de estrelas ou de auroras boreais, mas para outras fotos noturnas eu prefiro usar um tripézinho pequeno de pernas flexíveis.

2. Use o nivelador da sua câmera
É muito fácil fazer fotos noturnas tortas, pois temos menos referências. Nessa situação o ideal é usar o nivelador embutido da sua câmera para ter horizontes retos. Procure no seu manual: se sua câmera não possui nivelador, use o nivelador de bolha do tripé.


3. Choveu? Fique feliz!
Chuva costuma ser uma péssima notícia, mas para fotos noturnas ela é bem vinda. Já notou que na maioria das cenas noturnas dos filmes as calçadas estão molhadas? É que a água reflete a luz, logo a chuva nos ajuda a deixar a cena mais bem iluminada e interessante.
Na próxima vez que chover você já sabe: ao invés de se encolher na cama, bota uma capa de chuva e saia pra fotografar!

4. Aberturas bem fechadinhas
Aberturas mais fechadas (como f/22) permitem exposições mais longas e, consequentemente, conseguimos registrar movimentos de forma interessante (clique aqui para saber mais sobre longas exposições.)

Em fotos noturnas a abertura menor também permite que os pontinhos de luz se pareçam com estrelas. Pode parecer um detalhe bastante pequeno, mas em uma foto maioritariamente escura isso faz bastante diferença 🙂

5. Por fim… as configurações
Sei que uma das grandes dificuldades da fotografia noturna é a parte mais técnica. Embora cada situação seja única (pra variar!), algumas dicas são válidas:
Para focar: use o liveview (tela LCD) da câmera e dê zoom para focar manualmente. Normalmente é mais fácil focar em pontos de luz do que em outras áreas. Eu não costumo confiar no foco automático nesses casos.
Para a foto não ficar com muito ruído: aposte na longa exposição ao invés do ISO alto. Eu, pessoalmente, não acho que o ruído é algo tão do mal assim. Veja nas configurações das fotos acima que às vezes “sacrifiquei” o ISO, às vezes a abertura (usando até 1.4!) e, na maior parte dos exemplos, o tempo de exposição (de até 30 segundos.)
Para a foto não ficar tremida: o tripé é seu amigo, mas se não tiver um disponível, apoie a câmera em um banco, no chão, no muro, em qualquer lugar 🙂 Só não vale achar que vai ser possível segurar a câmera firme por 2 segundos.
Para a foto não ficar escura: a fotometria de uma cena noturna é diferente da cena diurna. Dificilmente seu fotômetro ficará zerado. Embora, repito, situações diferentes peçam soluções diferentes, lembre-se que a tendência é que o fotômetro fique um ou dois pontos no negativo. Na dúvida, teste e refaça.
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E uma dica extra: todos os lugares que ficam apinhados de turistas durante o dia costumam estar vazios de madrugada. Se o seu destino de viagem é seguro não deixe de reservar uma noite para passear. É divertido para conhecer lugares de outro ângulo, e não estou falando só do ponto de vista fotográfico.
Fonte: http://www.dicasdefotografia.com.br/5-dicas-para-fotos-noturnas/